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25º Festival Amazonas de Ópera: “O Contractador dos Diamantes” traz o cenário mais alto já construído nas edições do festival

O cenário e o figurino produzidos em Manaus também serão utilizados no Theatro Municipal de São Paulo

Após 70 anos sem execução na cena lírica nacional, a obra “O Contratador de Diamantes”, de Francisco Mignone, estreia no 25º Festival Amazonas de Ópera (FAO), dia 21 de abril, às 20h, no Teatro Amazonas. O desafio inicial, de resgatar partituras e restaurá-las, desencadeou parcerias com instituições nacionais, assim como o cenário, com poucas referências, foi construído com mão de obra manauara, desde o piso até grandes torres de quase sete metros de altura.

O festival é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), com patrocínio master do Bradesco e apoio cultural do Grupo Atem, além da aprovação na Lei de Incentivo à Cultura.

Segundo o secretário da pasta de cultura, Marcos Apolo Muniz, o festival completa um quarto de década, ocupando uma posição privilegiada no cenário da música lírica do Brasil.

“O Festival Amazonas de Ópera é considerado o maior do gênero na América Latina com princípios embasados em diferenciais, muitas vezes, beirando o ineditismo nacional, como é o caso da ópera de Mignone. O trabalho de encontrar partituras, montar elenco, construir cenário e figurino, exige a expertise do corpo técnico e artístico que o festival carrega, resultado de 25 edições”, pontua o Apolo.

O diretor artístico do 25º FAO, Luiz Fernando Malheiro, afirma que a última apresentação de “O Contractador dos Diamantes” foi na década de 50, na cidade do Rio de Janeiro e, por esse motivo, levar o título ao palco do Teatro Amazonas atende a um dos pilares do festival.

“Desde a terceira edição do festival temos a preocupação de explorar um repertório que não é feito comumente ou quase nunca no Brasil, mesmo de compositores tradicionais do século 19. Outro pilar é prestigiar os artistas brasileiros, tanto cantores, quanto maestros, diretores de cena, figurinistas, abrir espaço para eles. Montamos o elenco com muito cuidado, com artistas brasileiros em maioria, e estrangeiros, porque faz bem esta convivência”, enumera o diretor e regente titular da Amazonas Filarmônica.

Para dar andamento à execução do título, o festival firmou parceria com a Academia Brasileira de Música (ABM) para fazer o restauro das poucas partituras encontradas. O cenário, construído na Central Técnica de Produção (CTP) do Governo do Estado, leva a assinatura de Giorgia Massetani.

“A referência do cenário de ‘O Contractador dos Diamantes’ vem da Casa da Ópera de Ouro Preto, do estado de Minas Gerais. O trabalho de concepção e planejamento do projeto teve duração de três a quatro meses e a execução em três semanas. É o maior cenário construído em todas as edições do festival, que recebe desde o piso até enormes torres com quase sete metros de altura”, disse a cenógrafa. O figurino, desenhado por Olintho Malaquias, também é o resultado do trabalho de uma equipe de profissionais do CTP.

Produção amazonense, cenário e figurino, que serão levados para a turnê de “O Contractador dos Diamantes”, no Theatro Municipal de São Paulo, graças ao termo de co-produção firmado entre o festival e o teatro paulista.

Sinopse
Ópera romântica de Francisco Mignone, recuperada pela Academia Brasileira de Música (ABM), foi um dos marcos do movimento modernista, misturando traços do período romântico com a linguagem brasileira e moderna de Francisco Mignone. Conta um recorte da vida de Felisberto Caldeira, célebre político, militar e diplomata brasileiro e da relação entre sua filha e Luís Camacho. A montagem amazonense tem a participação dos corpos artísticos do estado: Amazonas Filarmônica, Corpo de Dança do Amazonas e do Coral do Amazonas, este último com a regência de Otávio Simões.

25º FAO e títulos
Para ilustrar a edição de 2023, quatro grandes títulos serão apresentados no Teatro Amazonas: a estreia de “O Contractador dos Diamantes”, de Francisco Mignone; “Anna Bolena”, de Gaetano Donizetti; “Piedade”, de João Guilherme Ripper, e a remontagem de “Peter Grimes”, de Benjamin Britten. Para informações sobre dias e horários das obras, acesse @teatroamazonas. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas ou no shopingressos.com.br .

FOTOS: Marcio James (Secretaria de Cultura e Economia Criativa)

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