O projeto Ecoando realiza em Manaus, a partir desta quinta-feira (2/9), uma exposição coletiva inédita de artistas parintinenses, além do show do Grupo Toada de Roda, no sábado (4/9), que é pioneiro na pesquisa e divulgação das toadas históricas dos bois-bumbás de Parintins. A programação acontecerá na Casa Luppi, localizada na Rua Ferreira Pena, 139, no Centro.
A exposição “Ecoando Arte”, que será realizada de quinta a sábado, a partir das 9h, mostrará obras de diversos artistas parintinenses, como Sorin Sena e equipe Kuarup, com trabalhos feitos em metal e material reciclado, em um conjunto de esculturas batizado de “A Arte de Metamorfosear”. Já a dupla Júnior Fuziel e Glaedson Azevedo trará a mostra intitulada “Tambores da Terra”, com quadros de óleo sobre tela inspirados no folclore amazônico, que serão apresentados de forma virtual.
Também inspirada na nossa cultura, a exposição “Cenas do Festival Folclórico de Parintins”, assinada pelo artista Pedro Evangelista trará peças produzidas com a técnica de colagem em E.V.A., representando momentos das apresentações de Garantido e Caprichoso.
A quarta exposição dessa mostra coletiva é assinada por meninos e meninas, jovens talentos parintinenses do Coletivo Ártrua, com a coleção “Estampas Artesanais em Camisas”, sob a coordenação do artista Miguel Carneiro.
Todas as peças com desenhos exclusivos estarão à venda para o público visitante e serão apresentadas em um desfile.
As visitas devem ser agendas pelo telefone (92) 99183-9139. Os protocolos sanitários exigem entrada no local somente com máscara e o visitante deverá apresentar a carteira de vacinação.
A curadoria da exposição é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, sob a coordenação de Cristóvão Coutinho.
O projeto Ecoando tem, como objetivos principais, divulgar o ritmo amazônico a toada de boi-bumbá, intensificar o intercâmbio cultural entre os municípios Parintins e Manaus, e entreter o público manauara com evento de qualidade.
Venda de mesas – As vendas das mesas já estão abertas. Por conta dos protocolos de segurança sanitária, contra a covid-19, o espaço será ocupado por apenas 100 mesas.
Os lugares individuais estão sendo vendidos e as informações podem ser obtidas pelo telefone (92) 99183-9139. Na entrada do evento, será exigida a carteira de vacinação ao menos com a primeira dose da vacina conta a Covid-19.
A realização do evento é da Em Movimento (Consultoria, Mentoria e Produção de Eventos), com apoio cultural do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), e da TV Encontro das Águas.
O Toada de Roda – A pesquisa, a necessidade de registrar e difundir a musicalidade da poesia parintinense, foi a deixa para a criação do Grupo Toada de Roda.
A formação do grupo também é muito significativa: os componentes são músicos, envolvidos culturalmente com os Bois Garantido e Caprichoso, trazem, no DNA, a melodia de Parintins, dos mestres, e seguem na missão de cantar toada de raiz com carinho, elegância, galanteio e a delicadeza da saudade de quem respeita a tradição.
Formação atual do Grupo Toada de Roda
Garantido
Alder Oliveira – Parintinense, cantor, multi-instrumentista, neto de um dos padrinhos do Boi da Baixa. Vizinho do curral da Baixa, o menino Alder Oliveira seguia a batucada pelas ruas da Ilha. A paixão pela toadas vem de berço.
JP Galeto-Parintinense – Multi-instrumentista, filho do lendário Porrotó, um dos filhos e herdeiros da musicalidade do mestre Lindolfo Monteverde. Galeto confecciona o seu próprio atabaque, transformando-o em um instrumento único, de som inconfundível.
Elton John – Parintinense, cantor, dono de uma das vozes mais potentes do boi vermelho, no começo dos anos 1990, era sempre chamado para fazer na arena a introdução das toadas de ritual. Exímio percussionista, confecciona uma boa parte dos instrumentos de percussão da Batucada do Garantido, tem uma memória seletiva para história do boi e toadas.
Black Marialvo – Parintinense, cantor e multi-instrumentista, na década de 1980, já cantava nos ensaios do Boi Garantido e na banda Garantido. Black fez parte do grupo de músicos que percebeu a necessidade de ensaios técnicos da batucada e marujada, como preparação para o espetáculo de arena.
Caprichoso
Rei Azevedo – Parintinense, cantor multi-instrumentista. Filho do Mariozinho Azevedo, responsável pela confecção dos instrumentos que seriam usados na arena pela Marujada de Guerra.
Edson Azevedo – Parintinense, multi-instrumentista, professor de música na Escolinha do Caprichoso, é um exímio afinador de instrumentos.
Alceo Anselmo – compositor e músico, um de seus legados foi ter introduzindo o uso do teclado na arena, na década de 1990.
Moisés Colares – Multi-instrumentista, compositor e professor de charango, veio para substituir o músico Silvio Camaleão no grupo.