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Galeria do Largo recebe exposição com pinturas que retratam mitos indígenas

A artista Duhigó é uma indígena Tukano e representa a cultura do seu povo por meio da arte

Na próxima terça-feira (10/10), a Galeria do Largo, na rua Costa Azevedo, 290, no Centro de Manaus, traz a exposição “Miriã Sutiri – Máscaras de Pássaros”, com obras da artista Duhigó. A mostra inicia às 19h e tem entrada gratuita.

A exposição “Miriã Sutiri – Máscaras De Pássaros” tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Nas telas, a artista evoca a força dos mitos do povo Tukano e resgata a sua memória, contando histórias através de tintas, grafismos, formas e pinceladas. A curadoria da exposição é do artista Denilson Baniwa.

Duhigó é uma artista indígena, nascida em uma aldeia no município de São Gabriel da Cachoeira (distante a 852 quilômetros de Manaus), região do Alto Rio Negro do Amazonas. Mora em Manaus desde 1995. Concluiu o curso de Pintura na Escola de Arte do Instituto Dirson Costa de Arte e Cultura da Amazônia, em 2005, tornando-se a primeira indígena da etnia Tukano a se profissionalizar nas artes visuais.

Em suas telas, a pintora expressa, principalmente, a cultura ancestral da Amazônia na cosmovisão indígena. Também costuma representar em seus trabalhos, o cotidiano próprio das “nações” indígenas, seus artefatos e elementos mitológicos. Sua prioridade é registrar a memória dos índios Tukano, assim como a natureza amazônica presente em sua memória afetiva.

“Estou muito feliz de receber esse reconhecimento do estado e trazer minhas máscaras, que são meu imaginário e, das coisas que via na minha infância que os mais antigos contavam. Essa sou eu, esse é meu trabalho. Eu quero que as pessoas que estudam, que colecionam e que são Tukano como eu, possam conhecer mais da nossa cultura indígena”, declara Duhigó.

Para o galerista Carlysson Sena, a iniciativa representa um marco na trajetória da artista indígena, que irá expor as suas obras em um ambiente que imprime a sua personalidade.

“Essa exposição individual de Duhigó vem coroar a sua maturidade artística de 18 anos de carreira e o posicionamento dela no cenário nacional como a artista indígena amazonense de maior relevância na contemporaneidade”, destaca Carlysson, representante da artista pela Manaus Amazônia Galeria de Arte.

Desde 2005, Duhigó possui uma contínua produção artística que já lhe rendeu exposições no Brasil e no exterior: “Coletiva de Artistas Indígenas do Amazonas” em Manaus – 2005; “Coletiva Sopro Tribal” em Manaus – 2006; “Coletiva Artistas indígenas”, em Manaus – 2007; “Coletiva Trançados e Cores da Amazônia” em Manaus – 2008; “Coletiva Internacional de Artistas Amazônicos”, em Nova Iorque/EUA – 2009; Coletiva “Amazônia Sou Eu” na sede da ONU, em Nova Iorque/EUA – 2009; “CAA BOC- Mostra IDC de arte amazônica” em Manaus – 2012 e “Salão de Artes – A Marinha na Amazônia”, em Manaus – 2016.

FOTOS: Divulgação / Cultura

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