O Governo do Amazonas manifesta profundo pesar pelo falecimento do artista plástico Óscar Ramos, aos 80 anos, na manhã desta quinta-feira (13/6), no Hospital Beneficente Portuguesa, em Manaus.
Óscar sofreu um Acidente Vascular Cerebral no último dia 5 de junho e, desde então, estava internado, mas não resistiu às complicações do AVC.
“Ao longo de uma carreira de mais de 60 anos, Óscar não apenas associou seu talento extraordinário ao nome do Amazonas, como também colaborou imensamente para valorizar as Artes no Estado e aproximá-las do público amazonense, tendo sido coordenador do Centro Cultural Palácio Rio Negro, nos anos 1990, e tendo organizado o novo roteiro da Pinacoteca do Estado. Sua morte é uma dolorosa perda para a nossa cultura, para a nossa arte”, declarou o governador Wilson Lima.
“A partida do Óscar deixa uma lacuna na história da cultura amazonense. Ele sempre foi uma pessoa comprometida com o Amazonas, por todos os lugares onde andou, levou a sua arte e também o nome do nosso Estado”, afirmou o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz. “Sua obra ficará como uma parte dele que ainda estará entre nós. Como todo artista, tem uma alma iluminada e essa partida nos comove, nos emociona! Fica nosso carinho, nosso respeito e nossa memória por Óscar Ramos”.
Trajetória – Nascido no município de Itacoatiara em 1938, Óscar Ramos estudou Pintura Livre com Ivan Serpa, ícone do Construtivismo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, nos anos 1960. Na década seguinte, ao lado de Luciano Figueiredo, desenvolveu uma arte que fugiu dos suportes tradicionais e ganhou espaço em cartazes e capas de livros e discos. Trabalhou ainda na concepção visual da célebre revista “Navilouca” (1972), idealizada por Torquato Neto e Waly Salomão, e reunindo nomes como Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Caetano Veloso e outros.
Óscar participou de eventos como a Bienal Internacional de São Paulo (1969 e 1970) e a mostra “Diversidade na Arte Contemporânea Brasileira”, em Paris (2005). Atuou como curador de diversas exposições regionais e nacionais. Teve uma carreira prolífica também no cinema, atuando como diretor de arte em filmes diversos, entre eles “O Gigante da América” (1978), de Júlio Bressane.
Na SEC, foi membro do Conselho Consultivo de Cultura, de 1995 a 2003; coordenador do Centro Cultural Palácio Rio Negro, de 1997 a 1998; e coordenador da Assessoria de Audiovisual e Film Comission, de 2005 a 2010. Em 2018, organizou o novo roteiro da Pinacoteca do Estado do Amazonas.
O velório de Óscar Ramos será realizado a partir das 16h, no Salão Nobre do Centro Cultural Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro, 1.546, Centro.