Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc, o projeto promove a valorização da cultura das mulheres umbandistas

O projeto “A Mulher e o Saber Ancestral” nasceu do desejo de resgatar e preservar os saberes tradicionais que atravessam gerações, especialmente os conhecimentos ligados à ancestralidade africana e ao uso das plantas sagradas dentro da Umbanda Sagrada. Mais do que uma iniciativa cultural, o projeto é um ato de resistência e valorização das religiões de matriz africana, historicamente estigmatizadas pela sociedade.
Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que fomenta projetos culturais em todo o Brasil, A Mulher e o Saber Ancestral tem como foco compartilhar o conhecimento sobre o uso ritualístico e terapêutico das plantas, além de promover a valorização da cultura das mulheres umbandistas que vivem no Loteamento Teixeirão. O projeto se tornou um espaço de aprendizado, acolhimento e fortalecimento da identidade cultural e religiosa dessas mulheres.
No último dia 12 de julho, foi realizada a roda de conversa intitulada “Papo Verde – Troca de saberes e Cultivo Ancestrais”, no terreiro de Umbanda Ogum Beira-mar e Cabocla Mariana, uma iniciativa da proponente Carmem Ruth. O ambiente foi marcado por escuta ativa, acolhimento e troca genuína de conhecimentos, fortalecendo redes de apoio entre mulheres e reafirmando o papel da ancestralidade como fonte de sabedoria e resistência.


Idealizado por uma mulher negra, umbandista e defensora do poder curativo da natureza, o projeto é fruto da sua insistência e persistência em manter viva uma sabedoria que cura, ensina e conecta. Ela acredita que a força das ervas, reverenciadas nos ritos da Umbanda, pode transformar vidas e fortalecer laços com a espiritualidade, com a terra e com o feminino sagrado.
Através de oficinas, rodas de conversa e vivências, o projeto proporciona um mergulho nas raízes da espiritualidade afro-brasileira, ao mesmo tempo em que combate a intolerância religiosa com informação e vivência.
A valorização das plantas medicinais, quando alinhadas ao saber ancestral feminino é uma forma de reconectar-se com a terra, com os ciclos da vida e potência do cuidado. A roda de conversa “Papo Verde – Troca de Saberes e Cultivo Ancestrais”, nos lembra que há cura na escuta, na troca e na terra, e que as mulheres são, há muito tempo, as jardineiras desse conhecimento.
“A Mulher e o Saber Ancestral” é um chamado para que a memória, a fé e a cura ancestral sejam respeitadas, partilhadas e celebradas. Este projeto é realizado com o apoio do Governo do Estado do Amazonas e Economia Criativa, bem como do Governo Federal.
Todo o conteúdo, incluindo materiais informativos, registros das ações e atividades realizadas, está disponível nas redes sociais. Para mais informações, acompanhe pelo Instagram oficial do projeto: @a.mulher.e.o.saber.ancestral.