Mais de 300 participantes aderiram às atividades gratuitas da agenda de cinco dias nos espaços culturais do estado
Uma visita ao maior patrimônio cultural do Amazonas foi o ponto final de uma agenda de atividades dedicada à valorização dos bens materiais e imateriais que o estado reserva. Na terça-feira (22/08), o Teatro Amazonas recebeu e acolheu os participantes da Semana de Patrimônio Histórico e Cultural, promovida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. O hall, a plateia e o salão nobre do teatro foram objetos de estudo para o grupo que acompanhou atento a cada detalhe. Em seguida, o encerramento do evento se estendeu ao Centro Cultural Palácio da Justiça, com representantes dos órgãos envolvidos e o público em geral.
Durante cinco dias, mais de 300 pessoas participaram de oficinas, palestras, visitas mediadas, rodas de conversa em diversos espaços culturais. A semana temática coordenada pelo corpo técnico do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria de Cultura, em parceria com o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reforçou a importância da valorização de imóveis históricos, obras e elementos que representam a história cultural do estado.
Segundo o secretário executivo da pasta de Cultura, Luiz Carlos Bonates, a programação da semana dedicada ao patrimônio foi positiva e estreitou relações de trabalho. “O encontro estabeleceu parcerias de fortalecimento entre Iphan e Secretaria de Cultura que vão contribuir para o avanço do estudo e fomento do patrimônio histórico e cultural”, pontua o secretário.
“É preciso entender que a Amazônia tem um processo de formação muito complexo. São várias identidades, povos e tipos de arquitetura. O Governo do Estado está cada vez mais fortalecendo essa preservação, tanto no investimento, quanto na valorização do profissional”, avalia Bonates.
No esforço conjunto de valorizar e preservar os patrimônios históricos, a superintendente do Iphan Amazonas, Beatriz Calheiro, ressaltou o aspecto formativo da semana. “Tivemos uma boa aula de educação patrimonial. Não devemos esquecer que processos de formação de conhecimento acrescentam muito para o mercado de trabalho, mas também para que cada um seja propositivo na agenda, professores do patrimônio e que levem às comunidades. Que todos possam pensar no desafio de fazer muito mais na região metropolitana e no interior do estado”, conclui Beatriz.
Formação e acessibilidade
A arquiteta Socorro Gouvêa, autora do projeto-base do Centro Cultural Palacete Provincial, um dos equipamentos do Governo do Estado, foi uma das palestrantes da programação. Para ela, a adesão do público reflete a busca pelo conhecimento em questão. “Fiquei admirada com a demanda de pessoas, o que é muito bom para o profissional, ver a quantidade de pessoas interessadas, com aquele amor pelo patrimônio. Espero que ano que vem tenha de novo”, comenta Socorro.
Para o arquiteto Rafael Queiroga, mais importante que valorizar o patrimônio histórico é acompanhar as necessidades impostas pela sociedade de maneira inclusiva. “Dentro de todas as plataformas do estado, a acessibilidade é tida como prioridade. Para poder propiciar a inclusão a esses espaços é primordial favorecer a linha de pensamento e procura”, finaliza o arquiteto, que atua no quadro da Secretaria Estadual de Infraestrutura.
FOTOS: Marcio James/Secretaria de Cultura e Economia Criativa