Três dias separam o reencontro do público com a segunda maior festa folclórica do estado. Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional se enfrentam nos dias 26, 27 e 28 de agosto
A Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional estão nos últimos ajustes para a apresentação nesta sexta-feira, sábado e domingo, na 24ª edição do Festival de Cirandas de Manacapuru, que acontece no Parque do Ingá, naquele município (distante 93 quilômetros de Manaus). Conheça os temas das agremiações do segundo maior festival folclórico do estado.
A festa acontece tradicionalmente no último fim de semana de agosto e mescla tradições e lendas da região por meio da música e da dança. O evento é promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
De acordo com diretor artístico da Flor Matizada, Gaspar Fernandes, a agremiação prepara a melhor apresentação de todos os festivais com o tema “Bendito Ser”.
“O tema retrata uma epopeia feminina que exibe a importância da composição das melhores e maiores virtudes humanas na construção de uma sociedade plenamente justa, mostrando que é através da arte que a gente se supera”, relata o presidente.
A ciranda Guerreiros Mura completou 29 anos na segunda-feira (22/08) e traz como tema “Fé, Ciência e Arte: A Tríade do Vital Equilíbrio”. Segundo o membro da comissão de artes, LurdemCley Monteiro, a temática apresenta o imaginário caboclo e o mundo real, criando uma história heroica.
“A narrativa dessa história está dividida em passos, em que cada um está separado como: Nota Histórica, Evolução na Arena e Nota Técnica. Nossa expectativa é muito grande, acabamos de completar 29 anos de existência e esse espetáculo é importantíssimo para nós”, afirma.
A presidente da ciranda Tradicional, Magal Pinheiro, afirma que a agremiação busca retratar a preservação das riquezas naturais do país e os impactos causados na história pela busca pelo ouro.
“A Majestosa usa de sua licença poética para retratar que a Cidade Eldorado existe, e ela está localizada aqui, em Manacapuru, no bairro Terra Preta, que é a nossa ciranda Tradicional, representada pelo dourado”, relatou a presidente da agremiação que tem 37 anos de fundação.
A Ciranda
Mesclando características do carnaval, boi-bumbá e aspectos populares, o festival dispõe 2h30 de apresentação para cada agremiação com espetáculo musical e artístico de tema livre, incluindo elementos essenciais da ciranda.
Durante as festividades, os jurados avaliam 14 itens, sendo eles o apresentador, a “tocata” que representa a banda, os cantores, as alegorias e o “cordão de entrada”, que remete um abre-alas, com a primeira parte das danças típicas de cada noite. Além disso, a “cirandada”, que equivale a letra e a música, também vale ponto, assim como o “cordão de cirandeiras”.