Espetáculo amazônico valoriza sustentabilidade, diversidade e protagonismo de pessoas com deficiência; sessão acontece em 20 de setembro, na Funarte MG

A Coletiva de Palhaças, grupo formado por artistas do Amazonas, leva o espetáculo “Maria Quer Ser Rio” para Belo Horizonte (MG), onde se apresenta neste sábado (20/09), às 16h, na Funarte MG, dentro da programação do Acessa BH 2025.
Com bonecos e cabeças de personagens feitos em papelão, pela artista visual Manuella Nogueira, além de narizes feitos com caixa de ovo pela palhaça Laysa Souza, a montagem tece o caminho da Coletiva comprometida com uma cena mais sustentável, poética e afetiva.
A participação no Acessa BH 2025 é viabilizada com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. A produção do espetáculo contou ainda com o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio do Concultura, pelo Edital Macro de Chamamento Público nº 002/2024, dentro do projeto “Maria Quer Ser Rio – Infâncias para todas as crianças” que vai ser realizado em outubro, com apresentações em instituições socioassistenciais voltadas à infância.


A obra narra a história de Mariazinha, menina com baixa visão e muitos hiperfocos que vive em uma casa flutuante no Rio Negro. No reflexo encantado das águas, surge Candimba, uma coelha mágica que a conduz a encontros com seres encantados e a diversidade da infância amazônica.
Quem manipula Mariazinha e assina a direção é Ananda Guimarães, palhaça com deficiência, que ressalta: “O espetáculo é muito necessário porque, normalmente, pessoas com deficiência são representadas dentro de modelos hegemônicos: ora como frágeis, ora como passivas, ora como exemplos de superação. No espetáculo, a gente propõe não só o protagonismo e o pertencimento de crianças com e sem deficiência, mas também se olhar numa nova ótica, numa nova perspectiva de ser e existir no mundo.”