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Em Manacapuru, Ciranda Tradicional encerra temporada de ensaios no Parque do Ingá

Os cirandeiros participaram da pré-estreia do espetáculo que será apresentado no domingo (03/09)

A terceira e última noite de ensaio geral no Parque Ingá, em Manacapuru, foi com a Ciranda Tradicional, ontem (30/09). Na arena, uma prévia do espetáculo que será apresentado no domingo (03/09). A agremiação representada pelas cores vermelho, dourado e branco, investiu em técnica e movimento para sair na disputa pelo bicampeonato.

Uma das novidades, revelada no ensaio, foi a estreia da Companhia Artística Alpha Dance, grupo independente de bailarinos de Manaus, que assume a formação do Cordão de Entrada. Um dos coordenadores do grupo, Mayk Santos, traz a experiência de 10 anos no Balé Folclórico do Amazonas. “Não posso falar muito, mas vai ser maravilhoso, não só coreográfico, como alegórico. Tudo muito bem pensado, pesquisado e a Tradicional vem trazendo uma ciranda completa, com um Cordão de Entrada de 30 bailarinos em cena”, adianta Mayk.

O público aplaudiu a simpatia da Constância, um dos personagens típicos das cirandas, representada por Nayra Ferraz. Cirandeira assumida, ela revela que a sua história de amor pela festa popular vem dos oito anos dedicados à Ciranda Maravilha, original de Manaus. “Sou cirandeira de Manaus e, pela segunda vez, estou participando do festival de Manacapuru. Quando pisei no Parque do Ingá, eu já queria chorar de emoção. Estou muito nervosa, mas muito animada”, disse Nayra.

A Tradicional nasceu no bairro da Terra Preta e, neste ano, traz o espetáculo “Eldorado Encantado”. O presidente da agremiação, Magal Pinheiro, está confiante na conquista do título. “A gente não pode demonstrar tudo, porque as rivais estão de olho, então a gente procura passar só um pouco para que ninguém perceba”, disse Magal. “Ciranda é amor, paixão, alegria. É muito bom viver esse momento”, disse o presidente emocionado.

Para dar o tom que o espetáculo exige, o grupo de vozes e instrumentos da Tocata de Ouro assume a responsabilidade de peso. O trompetista Jaymison Bendaham, com 21 anos de carreira, shows internacionais e passagem pela Amazonas Band, reconhece que tocar na ciranda exige além da experiência.

“Toda pré-estreia dá um friozinho na barriga, porque temos que fazer o sincronismo dos metais com a banda, então é necessária muita concentração, controle emocional para chegar no dia e ter a situação dominada. Vamos fazer a melhor performance na Ciranda Tradicional”, afirma o músico.

O ensaio teve a participação especial de David Assayag, e as duas horas de arena contaram com os demais segmentos da ciranda, como o Cordão de Cirandeiros, itens oficiais, personagens típicos, embalados pela Torcida Organizada Tradicional, a TOT.

Fotos: Marcio James/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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