A terceira edição da “Expo Mulher” iniciou nesta quarta-feira (1º/09), no Palacete Provincial (Praça Heliodoro Balbi, no Centro), com uma diversidade de produtos e histórias de empreendedorismo. A mostra, promovida pelo Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, acontece até o dia 3 de setembro, das 9h às 17h, com acesso gratuito mediante carteira de vacinação. A medida segue as regras estabelecidas no decreto nº 44.442.
A professora de Física, Flaviane Cristine, participa da exposição pela terceira vez, com a Tenda da Lilith (@tendadalilith). Ela conta que adotou a confecção de peças artesanais com vendas em feiras e pela internet quando o contrato de trabalho chegou ao fim e a atividade se tornou a principal fonte de renda.
“Temos no empreendedorismo uma saída para não depender de uma outra pessoa, no caso de um homem que seja provedor de renda, então iniciativas como ‘ExpoMulher’, voltadas para as mulheres, é de grande importância”, comenta a expositora. “Em feiras criativas conseguimos perceber mulheres com muitas habilidades e isso precisa ter uma visibilidade muito maior no mercado, para que possamos nos fortalecer”, enfatiza.
Beatriz Mattos trabalha com o namorado na Soul Power Quadros (@soulpower.quadros), que, além de imagens para decoração de ambientes, investe em camisetas e bolsas divertidas. Segundo ela, o casal partiu para o projeto por causa da dificuldade de se inserir no mercado de trabalho.
“Começamos informalmente, com amigos, mas recebemos boas encomendas, tivemos um ótimo retorno e decidimos nos dedicar mais para esse trabalho se tornar profissional”, conta a empreendedora. “Recebemos muitas encomendas pela internet, mas a preferência é participar de feiras porque temos contato direto com o público, que conhece o que nós temos”.
A advogada Glícia Penalber, da Lazu Bijou (@uselazubijou), também investiu no artesanato quando precisou ampliar as possibilidades financeiras. Filha de artesão, ela explica que já produzia bijuterias como uma forma de terapia e para complementar a renda, no entanto, em 2020, ficou desempregada na pandemia e teve que se reestruturar.
“Agora, além da terapia, é uma fonte de renda. Trabalho com miçangas e customização, voltado para o público de mulheres maduras, empoderadas, estilosas e que estão on-line”, afirma.
Variedade – A mostra retoma as atividades em parceria com a Associação de Donas de Casa do Estado do Amazonas (ADCEA), que participa com dez expositoras e produtos e serviços diversos, entre eles artesanato, roupas, bijuterias, quadros decorativos e cosméticos. A assistente social Terezinha Araújo destaca que a entidade faz um trabalho de qualificação e empoderamento com as mulheres em comunidades.
“Quando temos oportunidade de encontrar parceiros, no caso da Secretaria de Cultura, que foi uma porta que se abriu para apresentar essas empreendedoras, é muito importante, porque a maioria delas é chefe de família e que desenvolve atividades muito amor e paixão”, comenta a representante da associação. “Para nós, é gratificante fazer esse acompanhamento e perceber o desenvolvimento delas. Nossa maior satisfação é ver essa mulher com poder de decisão sobre sua própria renda, isso nos traz satisfação como representante do terceiro setor”.
Neiva Marcela chegou na associação por indicação de uma amiga e tem acompanhamento no projeto.
“Fui atrás de me profissionalizar, tenho uma loja on-line, aprender mais sobre contabilidade, preço, com a mentoria pude ter uma noção de tudo. Tenho aprendido a trabalhar com que tem, sendo dona de casa, mãe e empreendedora”, afirma a expositora.