Com três orquestras, dois grupos de dança e dramaturgia sensorial, Festival Amazônico de Músicas e Artes reforçou o protagonismo artístico e político da Amazônia

O palco do Teatro Amazonas recebeu a edição do Festival Amazônico de Músicas e Artes (Fama), realizado na noite de sexta-feira (13/06) pela Tearte Produções Musicais e com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O concerto reuniu três orquestras e dois grupos de dança em uma apresentação inédita, gratuita e aberta ao público, que lotou o majestoso Teatro Amazonas. .
Com duração de 2h30, o programa foi dividido em três blocos e apresentou uma fusão entre tradição e inovação: obras autorais de Timóteo Esteves, peças do repertório sinfônico universal e coreografias originais que ampliaram a força simbólica da noite. A experiência foi potencializada por figurinos, imagens imersivas e dramaturgia, reforçando a proposta sensorial do festival.

Nesta edição, o Fama apresentou “Aureum Opus – Obra Dourada”, uma lenda na qual a narrativa acompanha quatro deuses estrangeiros que chegam à Amazônia em busca de um poder absoluto: o ouro invisível. A jornada mítica se desdobra em sons ritualísticos, evocações ancestrais e conflitos simbólicos que remetem diretamente à destruição causada pelo garimpo ilegal.
“Essa história toda remete ao garimpo ilegal porque envolve muita ganância, dor e sofrimento”, explicou o maestro Timóteo Esteves, idealizador do festival.

As apresentações foram conduzidas por três orquestras: a Amazonas Filarmônica, a Orquestra Sinfônica da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Orquestra Amazônica de Cellos, orquestra residente do Fama. A dança ficou por conta dos grupos Amazon Brava Dança e Levé Studio de Dança, com coreografia de Sumaia Farias.
Além de ser um belo espetáculo, o Fama é também um gesto político e cultural de resistência e formação. A proposta é que o festival se consolide como um dos principais eventos voltados à juventude e ao fortalecimento da educação musical e artística da região Norte.
“Eu espero que o público saia daqui reenergizado, com o sentimento de pertencimento porque o FAMA, querendo ou não, é um grito de guerra”, acrescentou Timóteo Esteves.
O festival existe para valorizar e revelar a potência artística da Amazônia por meio de experiências musicais transformadoras, acessíveis, simbólicas e inéditas. Unem tradição e inovação para formar novos públicos, fortalecer talentos locais e construir pontes entre o território e o mundo sempre com a música como linguagem sensível de pertencimento, memória e futuro.
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