Evento pretende abrir caminhos para uma maior compreensão e respeito por religiões e comunidades tradicionais
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Neste domingo (17/03), das 17h às 21h, o Teatro Gebes Medeiros vai sediar o lançamento do projeto Malungu ao público, o qual pretende se expandir por escolas de Manaus, onde promete celebrar e abrir caminhos para uma maior compreensão e respeito por religiões e comunidades tradicionais de matriz africana.
Malungu é uma iniciativa idealizada por Andrew Nascimento, atualmente com 24 anos de idade, o jovem está imerso em uma linhagem familiar profundamente ligada às raízes africanas, sendo praticante do candomblé de tradição angola. Sua paixão pela cultura afro-brasileira e seu compromisso com a educação são os principais pilares do projeto Malungo.
O projeto foi contemplado pelo edital da Lei Paulo Gustavo destinado ao Povo Negro, Povos Tradicionais de Terreiro e Comunidades Quilombolas, operacionalizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com o apoio do Conselho Estadual de Cultura (Conec).
A iniciativa promete levar a rica musicalidade presente dentro dos terreiros de candomblé e umbanda para fora de seus espaços tradicionais, o intuito é que novas pessoas possam ter acesso e oportunidade de se conectarem a estas expressões culturais. Além disso, o projeto também terá enfoque na promoção de diálogos e reflexões em volta da luta pela defesa dos direitos das comunidades de matriz africana.
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Uma das principais inspirações por trás do evento foi Jorge Alberto Veiga Nascimento, pai de Andrew. Alberto foi fundador do Ballet Afro Mutalembê e criou o chamado Afoxé Oju Babá (Os Olhos do Pai) – que saiu na Avenida Eduardo Ribeiro. O jovem comenta que seu pai cursava educação física e atuava como professor em uma academia, local onde se dedicou a promover a cultura afro-brasileira por meio da dança.
Após o falecimento de seu pai em 2008, Nascimento sentiu a necessidade de continuar esse legado e criar um espaço onde as tradições e a espiritualidade afro-brasileira pudessem ser celebradas e compartilhadas.
Portanto, o lançamento do projeto é um marco importante na busca por uma sociedade mais inclusiva e consciente de suas raízes, trazendo voz às tradições das comunidades de matriz africana e contribuindo para uma maior valorização e reconhecimento da diversidade cultural do Brasil.
FOTOS: Divulgação