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SEC mantém ações de inclusão da pessoa com deficiência aos espaços culturais do Estado

Quando assistiu a um concerto, pela primeira vez, no Teatro Amazonas, a estudante Laisa Moraes ficou emocionada. O espetáculo contava com intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a adolescente, que é surda, conta que experimentou, pela primeira vez, o sentimento de “pertencer” àquele que é um dos espaços culturais mais importantes do mundo.


“Foi muito emocionante! Tinha música e dança, foi legal perceber a musicalidade. Eu não ouvia nada, mas sentia toda a vibração”, relata, com a ajuda da tradutora. “Também gostei, porque o intérprete contou um pouquinho da história, explicou sobre as obras de arte para a plateia”, frisou.

Desde então, sempre que pode, Laisa visita os espaços culturais do Estado. No início deste mês, a adolescente, junto com outros alunos da Escola Estadual Augusto Carneiro, participou de uma visita guiada ao Centro Cultural Palácio Rio Negro e falou sobre a importância da inclusão social.


“Gosto de cultura e arte, mas nem todo lugar tem intérprete. É muito importante esse serviço, em todos os lugares, pois só assim a gente consegue ter uma explicação e entender melhor a história”, afirma, destacando que achou interessante a história do Palácio, assim como os quadros nele expostos.


A tradução de espetáculos e a visita guiada em Libras são algumas das ações realizadas pela Assessoria de Inclusão da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC). “A SEC mantém em nossos espaços uma assessoria específica para desenvolver ações de inclusão da pessoa com deficiência. O objetivo é fazer com que tenham, em condições de igualdade, cada vez mais acesso às diversas manifestações culturais do Estado”, afirma o secretário estadual de Cultura, Marcos Apolo Muniz.


Cristiane Rosa, professora da turma da Escola Estadual Augusto Carneiro, destaca as visitas guiadas oferecidas pela SEC, como oportunidade de aprendizado para pessoas surdas. “O surdo por muito tempo não teve acesso à informação. A acessibilidade comunicacional já melhorou, mas ainda é preciso expandir neste campo, porque o aprendizado em espaços não formais é essencial. Esses espaços são vivos, principalmente para os surdos, porque eles aprendem pela visualidade, pela iconografia. O idioma deles e a forma de entenderem o mundo é pelos olhos, esse contato é importantíssimo”, afirma.


Mais acessível – Além da tradução de espetáculos e a visita guiada em Libras, a Assessoria de Inclusão da Pessoa com Deficiência da SEC oferece serviços de audiodescrição; montagem de área especial para pessoa com deficiência em grandes eventos, como o desfile das escolas de samba de Manaus; visitação para alunos com síndrome de down ou autismo; e curso básico de interpretação de Libras.

A audiodescrição e a tradução em Libras são ofertadas durante todos os espetáculos promovidos pela SEC. Já as visitas guiadas são realizadas por meio de agendamento. “Fazemos esse acompanhamento em todos os nossos espaços, mas é preciso um agendamento prévio. Entretanto, no caso de chegar alguém que não tenha agendado, a orientação é que a gerência do espaço entre em contato com a assessoria, para que possamos atender”, comenta Sheila Campos, assessora de acessibilidade da SEC. 

As visitas podem ser agendadas por meio do telefone da assessoria: (92) 3232-5556.


Biblioteca Braille – Prestes a completar 20 anos de existência, a Biblioteca Braille do Amazonas é um marco da secretaria quando o assunto é inclusão. Por meio da Biblioteca foi realizada a primeira ópera com audiodescrição da América Latina: “Sansão e Dalila”, no dia 28 de abril de 2009, durante o Festival Amazonas de Ópera.

Atualmente, o espaço oferece vários meios para que o deficiente visual tenha acesso à cultura: empréstimo de livros em braille e filmes com audiodrescrição, gravação de audiolivros, assim como a realização de cursos de informática e música (violão e teclado).

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