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Amazonas Filarmônica abre a Temporada dos Corpos Artísticos com repertório de clássicos e espetáculo interativo

Obras de Haydn, Britten e Ravel marcaram a noite de abertura da temporada no Teatro Amazonas

A estreia da Temporada dos Corpos Artísticos, na noite de quinta-feira (04/03), no Teatro Amazonas, foi bem recebida pelo público. A plateia presente sinalizou uma temporada de sucesso. A programação de espetáculos, protagonizados pelos corpos artísticos do Estado, se estende até o final do mês de maio e traz a proposta de dialogar com o público por meio da música e da dança.

A Temporada dos Corpos Artísticos é uma iniciativa do Governo do Estado, realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Sob a regência de Otávio Simões, a Amazonas Filarmônica ocupou papel de destaque na noite de abertura. O maestro falou sobre a temporada que traz espetáculos solo e outros com interações entre os diversos núcleos artísticos, comprovando a versatilidade entre os mesmos.

“Todos os corpos artísticos escolheram espetáculos bem especiais para o público, inclusive misturando. Tem espetáculos com dois juntos, com três juntos (corpos artísticos). A gente programou tudo com muito carinho. Foi uma grande felicidade receber essa ideia da Secretaria de Cultura”, afirmou Simões.

O clarinetista da Amazonas Filarmônica, Vandim Ivanov, destacou que a estreia de qualquer espetáculo gera um misto de emoções e sensações e, desta vez, não foi diferente. “É sempre o maior prazer, o maior orgulho e ansiedade de encontrar o público fiel que temos aqui no Amazonas. Vamos apresentar obras que o público gosta de ouvir, mas que a gente vai tocar depois de um bom tempo”, disse.

A violinista Bárbara Soares, lembrou que o maior retorno para os músicos, são os aplausos vindos da plateia. “A gente gosta de casa cheia, de uma plateia presente, dos jovens e de pessoas com mais idade. Todo mundo frequentando o Teatro Amazonas”, comentou Bárbara, chamando atenção para o repertório diverso que a orquestra está trazendo para a temporada iniciada nesta quinta-feira.

“A Amazonas Filarmônica é uma grande orquestra e estamos sempre preparando grandes espetáculos. Tem música para todos os gostos. O que você quiser escutar, a Amazonas Filarmônica é capaz de tocar”, acrescentou a violinista.

O espetáculo

No palco do centenário Teatro Amazonas, a orquestra executou “O Guia Orquestral para Jovens”, iniciando o repertório com a Sinfonia n.82 em dó maior, Hob.I:82 “O Urso’” (1786), do compositor austríaco Franz Joseph Haydn.

Com uma forma peculiar e característica de reger o corpo artístico, o maestro Otávio Simões abriu o diálogo com o público com breves contextualizações de cada repertório. O espetáculo seguiu com 90 músicos no palco, apresentando “O Guia Orquestral para Jovens, op. 34” (1946), de Benjamin Britten. Mais uma vez a interação se fez presente, com a descrição dos instrumentos musicais em execução, exibida na legenda posicionada no topo do palco.

“A ideia é que o público faça um passeio pela orquestra”, disse o maestro. O concerto foi encerrado com a célebre obra “Bolero” (1928), do pianista francês Maurice Ravel. A viagem musical, repleta de emoções, agradou ao público. “Isso é uma referência não só para o Amazonas, mas sim para o Norte do Brasil. É muito bonito, que encanta no campo da arte”, afirma o empresário Roberto Silveira, sem medir elogios ao corpo artístico.

Próximas atrações

Nesta sexta-feira (05/04), é a vez da Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) levar ao público “As Quatro Estações da OCA”, cujo repertório é composto por “As Quatro Estações Op.8 A Primavera RV.269”, de Antonio Vivaldi, mais várias versões e releituras do mesmo clássico, como “As quatro estações Portenhas”, de Astor Piazzolla; e “As quatro estações de Vivaldi recompostas por Max Richter”, de Max Richter. A regência do espetáculo é do maestro Marcelo de Jesus. A classificação indicativa é 10 anos.

No sábado (06/04), o Balé Folclórico do Amazonas faz mais uma apresentação da coreografia “Os Catraieiros”, que homenageia uma classe de trabalhadores que já foi muito presente na vida de Manaus, mas que foi praticamente extinta com o tempo: os catraieiros. Eles faziam importantes serviços de transportes e de travessia de um lado para outro dos igarapés da cidade, com as suas catraias. Havia a necessidade da travessia pelos igarapés, pois não existiam as pontes que ligavam os bairros ao antigo Centro Histórico da capital. A classificação é livre.

Os espetáculos estão com ingressos à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e no www.shopingressos.com.br.

FOTOS: Marcely Gomes/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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