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FCecon recebe espetáculo ‘Mulheres da Ópera’

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), será o palco, na próxima sexta-feira (24/5), às 10h, do espetáculo “Mulheres da Ópera”. A apresentação acontecerá no ambulatório da unidade hospitalar, localizado na rua Francisco Orellana, 215, bairro D. Pedro, zona centro-oeste. A expectativa é que mais de 100 pessoas assistam ao show.

Apresentação será realizado no local, na sexta-feira. Foto: Divulgação

O espetáculo faz parte das ações promovidas pela unidade hospitalar de reforço à humanização no atendimento ao paciente com câncer, como a implantação do “Sino Dourado”, da “Páscoa Solidária” e da “Manhã de Beleza”, a ampliação no horário de visita aos pacientes das enfermarias de uma para três horas – 15h às 18h –, entre outros.

Conforme o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gérson Mourão, a música exerce um poder sobre o ser humano. Ele pontuou que os sons, notas e acordes conseguem acalmar a alma, proporcionar paz e felicidade, ou seja, é possível mexer com as emoções das pessoas que aguardam a realização de um exame ou esperam o atendimento médico. “Por isso, nada melhor do que ouvir uma boa música para proporcionar alguns minutos de felicidade”, frisou.

Segundo o diretor cênico do espetáculo, Francis Madson, a apresentação na Fundação cumpre a função da arte como objeto revolucionário, ao permitir o acesso de um público que, normalmente, não a receberia.

“Trata-se de uma ação pensada pela organização do Festival Amazonas de Ópera para incluir no circuito alguns lugares com públicos que não teriam acesso a essas produções. A iniciativa visa sensibilizar plateias, divulgar o evento e permitir o acesso a um tipo de arte que só atingiria quem vai ao Teatro Amazonas”, frisou o diretor, acrescentando ainda o prazer para ele e para as cantoras em realizar a apresentação no hospital.

‘Mulheres da Ópera’ – O espetáculo faz parte da programação do 22º Festival Amazonas de Ópera (FAO), que segue com apresentações de ópera, recitais e concertos até 30 de maio. O Festival é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), e conta com patrocínio master do Bradesco, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura.

O espetáculo tem a duração de 40 minutos e traz no elenco seis cantoras dos Corpos Artísticos do Estado, interpretando mulheres emblemáticas de importantes obras do mundo operístico. Francis Madson disse que o projeto visa destacar a presença feminina no universo da ópera, além de propor uma análise sobre como as mulheres são representadas.

Espetáculo – A obra conta a história de uma donzela guerreira que desacata a ordem de seu pai, chefe dos deuses; e de uma mulher independente, à frente de seu tempo, que não troca a liberdade por um amor. “São histórias de mulheres emblemáticas, ou pela força, atitude ou pela beleza, em obras trágicas ou cômicas”, pontuou Francis Madson.

Durante o espetáculo é exibido um vídeo com questionamentos sobre o papel da mulher em uma sociedade machista, além de imagens de revistas da década de 1950, que eram cartilhas de bons modos às mulheres.  

No processo de direção foram realizadas conversas com as mulheres que cantam as árias com o intuito de identificar a melhor forma de abordagem. Ele explicou que a ideia era fazer uma apresentação contemporânea, uma vez que certos trechos das árias têm reflexões sobre as teorias feministas e o empoderamento da mulher.

“Paralelamente, também criamos uma ária imagética – vídeo – que é apresentada durante todo o espetáculo. O vídeo apresenta alguns questionamentos à plateia sobre o papel da mulher, poesias e imagens de mulheres importantes das culturas nacional e internacional, do ativismo feminino, mulheres que foram as guerras, da ciência, atrizes, negras, indígenas, cientistas sociais”, ressaltou.

Elenco – O espetáculo tem elenco formado pelas sopranos Carol Martins, Elane Monteiro, Mirian Abad e Raquel de Queiroz; e pelas mezzo-sopranos Kelly Fernandes e Yana Stravaganzzi, que contam com o acompanhamento do pianista Pedro Panilha. A concepção, o roteiro e a direção cênica são de Francis Madson; e a direção musical, do maestro Marcelo de Jesus.

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