O compositor é o mais premiado da história do carnaval da cidade, conquistando 10 títulos em 20 anos de samba
O cantor e compositor Marcos Antonio da Silva, conhecido artisticamente como Marquinhos Negritude, se destaca na música e pela sua contribuição com a cultura do carnaval amazonense. Completando 20 anos de samba em 2024, o artista já teve suas composições agraciadas 10 vezes em primeiro lugar no Carnaval de Manaus.
Marquinhos nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, e mudou-se para Manaus em 1980, onde cresceu e começou a escrever suas poesias e músicas. Quando aluno do curso de Educação Artística, na Universidade Estadual do Amazonas, mergulhou no mundo das artes, participou do Coral Universitário sob a batuta do Maestro Nivaldo Santiago e frequentou o Conservatório de Música. Compôs sua primeira canção em parceria com o amigo Ruy Fernando em 1986 no Largo de São Sebastião, sentados na calçada do monumento em frente ao Teatro Amazonas.
Para o artista, o trabalho que ele realiza vem de um amor enraizado pela cultura sambista. “O ato de se dedicar à composição de samba de enredo é único, é especial, denota amor pela escrita, pela pesquisa, pela música”, afirmou Marcos, que destaca o significado do samba para a comunidade. “Enxergamos o samba como meio educador, um educador popular, pedagógico, aquele que deixa a mensagem, sabe? Uma frase, uma palavra, vão ser entoadas de forma gigante pela comunidade do carnaval de uma forma geral”, explica.
Marquinhos Negritude faz parte do cenário musical amazonense a mais de 20 anos, e constantemente realiza apresentações gratuitas para o público manauara, em espaços culturais como o Teatro Amazonas e o Largo de São Sebastião. Seu show mais recente, intitulado “Manaus Meu Amor: Um Espetáculo de Amor e Valorização da Cidade”, trouxe ao teatro um repertório de 12 músicas autorais que exaltam a beleza e a história da cidade, que escolheu chamar de sua.
“Olhando para trás, é gratificante ver que eu tenho dado minha contribuição com a cultura da minha cidade, do meu estado, e ao Carnaval, que é uma paixão incondicional. Espero que a minha história sirva de inspiração para as novas pessoas e para os novos compositores, para os novos artistas”, declarou.
Em números – Participou de vários festivais, como o Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani), o Festival da Canção do Sesc, neste último foi premiado com o primeiro e terceiro lugar em 1990 e terceiro lugar em 1991. No Carnaval foi 10 vezes foi campeão do carnaval de Manaus como compositor ao lado dos demais parceiros, nos anos de 2005, 2006, 2007, 2009, 2014, 2016, 2017, 2018, 2019, 2023, além de ter recebido o estandarte do povo de melhor samba do Carnaval em quatro oportunidades, 2008, 2016, 2017 e 2020.
Fotos: Divulgação/Secretaria de Cultura e Economia Criativa