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Mural do Bumbódromo 2024 terá arte assinada pelo parintinense Pito Silva

Arte foi vencedora de concurso lançado este ano e inspirou marca oficial do 57º Festival de Parintins

O Mural Bumbódromo 2024, intitulado “Patrimônio em Festa”, terá a arte de autoria do parintinense Pito Silva, que venceu o edital aberto pelo Governo do Amazonas com exclusividade para artistas da Ilha Tupinambarana. A arte também foi base de criação para a identidade visual do 57º Festival de Parintins, que ganhará o mundo. A logo foi apresentada durante a abertura do evento, nessa sexta-feira (15/03), no Teatro Amazonas.

De acordo com o governador Wilson Lima, a iniciativa tem o objetivo de dar visibilidade e estímulo aos artistas locais.

“Cada vez mais a gente trabalha para valorizar o artista que mora em Parintins. Lançamos o novo mural que vai ficar no Bumbódromo durante dois anos e, a partir desse mural, nós já construímos as nossas marcas e também nossa identidade visual”, disse o governador.

Entre os onze trabalhos inscritos no concurso Mural Bumbódromo 2024, a obra do artista parintinense foi contemplada obedecendo, entre outros critérios, a criatividade, a originalidade e a comunicabilidade da festividade e seus elementos.

O secretário de Estado de Cultura, Marcos Apolo, afirmou que o mural é uma forma de ampliar o número de artistas que se envolvem diretamente na realização do festival.

“Esse ano estamos mudando o mural que ficou durante dois anos, foi uma grande inovação do governo Wilson Lima, virou um ponto turístico importante da cidade e esse ano a gente fez um edital, chamamos os artistas, recebemos diversas propostas, uma foi eleita e a partir do conceito dessa imagem foi criada a nova marca”, enfatizou o secretário.

A obra

De acordo com Pito, a obra foi criada para transmitir uma mensagem direta e de amplo alcance ao Festival de Parintins, representado pelos bois Garantido e Caprichoso, e por uma criança.

“A inspiração vem muito de berço. Eu cresci vendo assim. É uma brincadeira de criança que se tornou o maior espetáculo a céu aberto do Brasil, se tornou patrimônio cultural e imaterial do Brasil e isso nos orgulha muito. Então, a gente traz hoje, numa composição do mural, a figura de uma criança, de um curumim, que representa esse amor, essa paixão dos torcedores de Garantido e Caprichoso”, disse o artista.

A obra possui a predominância das cores e dos ícones da festa, Caprichoso e Garantido, marcas de pincelada, rolo, texturas, representando a força da arte predominante de Parintins, que é a pintura.

Desde 2022, a fachada do Bumbódromo de Parintins traz estampada a arte “Vitória da Cultura Popular”, da dupla Curumiz. Neste ano, será renovado o espaço de protagonismo da temporada, prevalecendo as raízes do folclore amazônico na identidade visual, espelhada da arte de Pito Silva.

Pito é um dos artistas atuantes no segmento das artes visuais e também assinou com a criação do mural “Brasil, Futuro Ancestral”, colorindo o Bumbódromo, na entrada da avenida Paraíba, por onde os bumbás se concentram para entrar na arena.

Sobre o artista

Pito Silva nasceu em fevereiro de 1988 na cidade de Parintins – Amazonas, é graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Nasceu em uma família de artistas, iniciando sua trajetória com apenas 2 anos, mantendo uma importante atuação no segmento das Danças Urbanas. É líder fundador do Grupo Gravidade Zero – grupo influente que tornou-se referência da Cultura Hip Hop no Baixo Amazonas.

O artista também desenvolve ações paralelas entre a pintura e a dança, em ambos os segmentos artísticos realiza trabalhos de curadoria, palestras, oficinas e coreografias.

Premiado em vários eventos estaduais, nacionais e internacionais, tanto na pintura quanto na dança, suas composições enfatizam os temas Amazônicos, valorizando a cultura e reconhecendo a Amazônia como Território de Identidade.

Atualmente, exerce a função de arte-educador, professor de Danças Urbanas, no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro – Unidade Parintins da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.

Fotos: Alex Pazuello/Secom

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